Ninguém está imune durante a vida aos complexos desejos da juventude, ela simboliza um fardo para diversos questionamentos e conflitos internos, principalmente para a autoafirmação, James Dean foi um símbolo de sua época, foi uma voz entre muitas que não eram ouvidas, foi ele que 'deu sentido' a rebeldia jovem como nem mesmo a própria definição da palavra o fez, como diria o próprio Dean, "Uma palavra é apenas uma sugestão para retratar aquilo que estamos sentindo.". Rebelde sem causa ou juventude transviada , eram termos muito comuns na década de 50, e expressavam uma certa repreensão pela condição da rebeldia juvenil crescente naquele período, é factual afirmar que todos nós, criados pelos pais ou familiares (terceiros, etc.) criamos um pilar de referência e obediência, é com essa base que se sentimos seguros e 'felizes' na infância (criando um laço de apego e primeiras influências), com o passar dos anos, nossa personalidade começa a se desenvolver e criar traços próprios, trazendo perguntas e reflexões sobre qualquer coisa do mundo (cada vez mais perceptível pra nós), com isso, aos poucos se afastamos daqueles que nos criaram ( de forma lenta e indireta) e se tornamos mais intimistas, em alguns casos, interpelando de forma direta os próprios ideais da nossa criação. A essência da adolescência é a solidão, é a busca pelo que ainda não se sabe exatamente, é o clímax das inseguranças, onde os medos e os sonhos são substanciais perante o universo que nos rodeia.